Georgie Henley, que conquistou o coração do público mundial como a jovem Lúcia Pevensie em “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” (2005), está prestes a dar um novo passo em sua carreira artística, agora como diretora do curta-metragem “Bone”.
Com apenas 8 anos quando estreou em Nárnia, Henley marcou sua presença como Lúcia, a destemida irmã mais nova dos Pevensie, protagonizando cenas memoráveis como a descoberta do guarda-roupa mágico na casa do Tio Digory. Seu desempenho memorável rendeu-lhe inclusive o título de “A Destemida” conferido por Aslam, refletindo a coragem característica de sua personagem.
Sua carreira
Sua jornada artística, no entanto, enfrentou desafios significativos. Aos 18 anos, Henley atravessou um período crítico ao contrair fasceíte necrosante, uma infecção grave que quase resultou na amputação de seu braço esquerdo. Após uma cirurgia invasiva e procedimentos reconstrutivos, a atriz inicialmente tentava esconder suas cicatrizes em testes de elenco, temendo preconceitos da indústria. Em 2022, decidiu compartilhar publicamente sua experiência, transformando suas cicatrizes em símbolo de sobrevivência e resiliência.
“As minhas cicatrizes não são nada para me envergonhar. Elas são um mapa da dor que meu corpo suportou e, mais importante, um lembrete da minha sobrevivência”, escreveu ela.
Superando adversidades, construiu uma carreira diversificada nas artes cênicas. Após a trilogia de Nárnia, participou de produções como “Duas Irmãs” e “A Irmandade da Noite”, e ganhou destaque na série “The Spanish Princess” da Amazon Prime Video, onde interpreta Margaret Tudor na história de Catarina de Aragão. Sua versatilidade se estende ao teatro universitário e à literatura, tendo publicado uma coleção de poemas intitulada “Amphibian”.
Estreia como diretora
Agora, aos 29 anos, Henley assume os papéis de roteirista e diretora em seu primeiro projeto autoral. “Bone” promete ser uma história intimista explorando a complexa relação entre duas irmãs, Rose e Eve, que se reencontram na casa da família em Yorkshire após a morte da mãe. O drama familiar ganha profundidade quando tensões antigas e eventos inexplicáveis começam a emergir.
Refletindo sobre suas experiências com diretores renomados, Henley compartilhou: “Absolutamente, ambos [Andrew Adamson e Michael Apted] são diretores brilhantes. Grandes diretores que trabalhavam muito bem com atores em particular e eram realmente focados na performance, o que é bastante difícil quando você está em um set de filmagem enorme.”
A atriz-diretora enfatiza que, embora “Bone” seja uma produção menor, pretende manter o foco nas atuações: “Obviamente ‘Bone’ será muito menor, mas muito focado nas performances e em fazer tudo parecer muito real e fundamentado. Isso é algo que eu absorvi.”
A produção está atualmente em fase de crowdfunding, buscando arrecadar £15.000 para concretizar o projeto. O filme marca não apenas a estreia de Henley na direção, mas também representa uma evolução natural para a artista que, desde sua estreia precoce em uma das franquias mais amadas do cinema, continua a expandir seus horizontes criativos.
Com informações do NarniaWeb e da BBC Brasil.
