A professora brasileira Luciana Levi estava em sua casa em Connecticut, há 70 km de Nova Iorque, quando recebeu uma ligação em espanhol de Zully, mãe de um de seus alunos, pedindo por ajuda. Zully é imigrante da Guatemala, estava grávida e havia sido diagnosticada com coronavírus. E na necessidade de ir ao hospital, Zully pediu ajuda na tradução para a professora de inglês.
Mesmo sofrendo de asma e estando em grupo de risco, Luciana se dispôs a servir como tradutora no hospital. Mas quando o bebê nasceu, outra complicação surgiu. A mãe da criança havia estado em contato com Marvin, pai do menino, e com o seu outro filho, que era aluno de Luciana. Nesta situação, eles precisaram ficar em isolamento e não tinham com quem deixar o bebê. Foi então que a professora aceitou cuidar do pequeno Neysel, nascido prematuro.
“Eu fiquei honrada por ela ter essa grande confiança em mim, de ver em mim um apoio que ela poderia contar”, disse a brasileira.
Solidariedade em meio ao isolamento social
Enquanto cuidava do pequeno Neysel, a professora recebeu doações virtuais para ajudar no processo e prover recursos para a família, que buscava asilo nos Estado Unidos. E ela disse que vai continuar cuidando do bebê até o resto da família testar negativo. “Nos importamos com nossos estudantes, nos importamos com suas famílias e todos precisam saber que estamos aqui por eles e que só desejamos ajudar,” disse Luciana.
“Acho que se tem alguma coisa que a gente tem que aprender dessa pandemia, dessa tragédia que está acontecendo no mundo, é que a gente tem que parar de ser tão egoísta. Então mesmo que você possa doar um pouquinho de carinho, um pouquinho de comida, um pouquinho, um pouquinho de dinheiro, não interessa. Faça o bem sem olhar a quem,” complementou a professora.
Finalmente, 6 semanas depois de seu nascimento, a mãe pôde ver o seu filho pessoalmente. Ela se encontra atualmente em processo de recuperação.
Com informações da CNN Brasil, da Revista World e da ABC