A Páscoa passada foi marcada por lamento entre os cristãos do país asiático do Sri Lanka. Terroristas produziram ataques coordenados a três igrejas e três hotéis de luxo, resultando em 290 mortos e mais de 500 feridos. Após o ataque, a polícia prendeu pessoas conectadas ao Estado Islâmico, que reconheceu a autoria dos ataques.
Nesta páscoa, o cardeal Malcolm Ranjith deu uma mensagem televisionada e disse que os cristãos ofereciam perdão aos terroristas que colocaram as bombas. “Oferecemos amor aqueles que tentaram nos destruir. Os perdoamos,” disse ele. Ele também destacou que os ataques também feriram pessoas de outras religiões. E as igrejas do país estão fechadas devido ao coronavírus.
Segundo um relatório das Nações Unidas (ONU) publicado no mês passado, o governo do Sri Lanka tem feito pouco para garantir que ataques assim não voltem a acontecer. “Essa falha aliena vítimas e suas comunidades, criando desconfiança quanto ao Estado, e tem o potencial de incentivar novos ciclos de violência,” diz o documento.
Os primeiros missionários cristãos chegaram no país desde o século XI, mas só conseguiram fincar raízes mil anos depois, com a chegada dos portugueses. Em total, os cristãos compõem cerca de 10% da população do Sri Lanka e durante séculos, a perseguição aos cristãos foi restrita a comunidades rurais. Mas, isso mudou na década de 1980, quando Lionel Jayasinghe, pastor das Assembleias de Deus no país, foi martirizado por sua fé. Desde então, o extremismo budista tem intensificado os ataques. O ataque do ano passado foi o primeiro realizado no país por radicais islâmicos.
Com informações do The Christian Post e do The New Indian Express.
Na imagem: Igreja de São Sebastião. Um dos três locais atacados.